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| #428 quinta-feira, 5 de julho de 2012 >>18:00
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Hoje quando estava no café deu-me um arrepio na alma, eu vi um dos teus companheiros de surf, eu vi-o, e naquele momento a minha acção foi olhar para todos os lados à tua procura. Mas não estavas lá, e isso foi uma coisa boa, porque provavelmente eu sairia do café disparada por não aguentar aquela pressão toda, eu saia sem pensar duas vezes, ou sem pensar o que as pessoas iriam pensar, eu saia e depois inventava uma desculpa esfarrapada como faço-o quando é contigo. Já viste a probabilidade de nos encontramos? há sempre alguma mas por obra do destino nunca acontece, e isso é capaz de ser realmente bom para mim, afinal eu já tive dor que chegasse durante muito tempo, e bem, não posso dizer que agora estou feliz, porque não o estou. Posso dizer que estou razoável, mas às vezes eu ainda tenho saudades tuas, porque não é de um dia para outro que se apaga os bom momentos vividos. Eu sei que a expressão "de um dia para o outro" não é a mais correcta no nosso caso, mas sinceramente já não me interessa o tempo, já lá vai bastante, e com o passar do tempo o teu rasto de existência desaparece por completo. Lentamente as minhas memórias de estares vivo vão desaparecendo, nada parece demonstrar que alguma vez exististe mesmo. Eu tenho medo de começar a acreditar que isto tudo não passou da imaginação da minha mente, eu quero acreditar que és real, mas sabes, já foi à quase um ano e seis meses, e recordar torna-se difícil.
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